quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Polícia de SP prende 34 suspeitos de assaltar caminhoneiros

A polícia de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (4), 34 suspeitos de assaltar caminhoneiros. Em média, eram roubados quatro veículos por semana.

Às 6h, 250 policiais se dividiram em grupos para procurar 50 suspeitos. Os dois homens apontados pela polícia como chefes da quadrilha fugiram. Um deles é o advogado Magno dos Santos. Na casa dele, os policiais procuravam dinheiro: mais de R$ 2 milhões. Móveis, paredes e o teto foram revirados, só uma pilha de cheques foi encontrada.

Uma advogada foi presa em flagrante, porque, segundo a polícia, avisou aos chefes sobre a operação. Foi o primeiro resultado de uma investigação que começou nas estradas paulistas há quatro meses. 
“Com a prisão dessa quadrilha, nós estamos esclarecendo cerca de 83 casos de roubo de caminhão que aconteceram no estado de São Paulo”, afirma o delegado Carlos Alberto da Cunha.

Os bandidos agiam principalmente à noite. Roubavam só os caminhões e abandonavam as cargas. Seu Volmir, caminhoneiro há 25 anos, foi uma das vítimas.

Volmir Patrício, caminhoneiro: Os caras tentaram entrar aqui dentro. Eu briguei com o ladrão, levei um corte na cabeça. Ele falou que queria o caminhão, que eu já estava perdido, que eu estava perdido e pronto.

Depois do roubo do caminhão, vinha o sequestro em lugares como o mostrado no vídeo. Caminhoneiros são levados, no meio do mato, por trilhas estreitas e são mantidos encostados em árvores. Em volta dele, há uma estrutura: travesseiro, roupas, calçados, o crachá de uma transportadora e até uma carteira abandonada. O motorista chega a ficar em um lugar assim por mais de seis horas e só é libertado, na beira da estrada, depois que o caminhão for escondido pelos ladrões.
Antes de ser solto, o motorista era pressionado pelo grupo que levava o caminhão para saber se o veículo era monitorado à distância.

Bandido: E aí motô, está mentindo para nós?
Caminhoneiro: Não, não estou mentindo pra vocês, não. Pra que eu vou mentir, gente? Eu não tenho que mentir
Bandido: Tem ou não tem, rapaz?
Caminhoneiro: Não tem nada. Só tem um localizador. É o que falaram pra mim. A gente é pai de família. A gente não quer nada atrapalhar a vida vocês, está bom?
Bandido: Tá bom.

O caminhoneiro levou investigadores até o lugar onde foi mantido refém por seis horas.

“Quando chegou aqui, ele disse ‘ó, se enrola aí’. Eu me enrolei aqui. Toda vida ele dizia: ‘não olha pra mim, não olha pra mim’”, lembra o caminhoneiro.

A polícia já sabe que os caminhões eram desmanchados para que as peças fossem vendidas em São Paulo, no Paraná e em Mato Grosso do Sul.


G1
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